Este primeiro projeto foi elaborado durante o curso de especialização em Arte Educação Intermidiática Digital, pela UFG.
Ação: Recriando e analisando
Publico-alvo: Turmas do 5º e 6º anos do ensino fundamental (crianças de 10 a 12 anos)
Proposta: Esta proposta pedagógica busca, segundo especificidades citadas pela autora
Diana Domingues, buscar despertar nos alunos a compreensão das características das
obras de arte feitas com as novas tecnologias, como: a interatividade, a mutabilidade, a
conectividade, a efemeridade e a não linearidade.
Com o objetivo de se estabelecer a consciência a cerca destes temas. Para que se
possa estabelecer com a proposta a compreensão da relação da arte com as novas
tecnologias, buscando ainda perceber o modo como compreendemos, vivenciamos e
consumimos esses objetos artísticos.
Aqui minha fala destina-se a professores (principalmente de artes) que tenham o
desejo de buscar uma diferente proposta para trabalhar em salas de aula, sobre o tema:
Arte e Tecnologia. Se baseando nas teorias de Stuart Hall sobre as teorias de formação e
alterações da identidade; na proposta de Walter Benjamin sobre a reprodutibilidade
técnica; e da de Diana Domingues sobre as características da obra de arte que se faz
com as novas tecnologias.
A ideia é que os alunos compreendam como a própria noção de identidade e da
arte acabou por se alterar diante as evoluções.
Metodologia:
Dividindo assim todo o processo em 4 aulas. Divididas a partir da proposta da
abordagem triangulas da autora Ana Mae Barbosa.
Apresentação
1º e 2º Aula
1º Aula – Contextualização
Apresentação do tema arte tecnologia aos alunos, bem como seu desenvolvimento e desdobramentos. Buscando ainda explorar a relação do ser humano e a alteração da ideia tradicional de sua identidade. E como essa alteração acaba refletindo no seu fazer artístico. Trazendo as questões levantadas por Stuart Hall e Walter Benjamin.
E posteriormente explanar as alterações causadas nesse panorama nas figuras do artista, do espectador e da própria obra. Como forma de auxiliar disponibilizei meu artigo produzido durante o curso de especialização em Arte Educação Intermidiática Digital, como coletânea para a aula.
E posteriormente explanar as alterações causadas nesse panorama nas figuras do artista, do espectador e da própria obra. Como forma de auxiliar disponibilizei meu artigo produzido durante o curso de especialização em Arte Educação Intermidiática Digital, como coletânea para a aula.
2º Aula – Apreciação artística
Neste segundo momento fazer com os alunos busquem, em meios online, obras de arte que estejam em exposição no museu do Louvre (defini este museu apenas como forma de delimitar e auxiliar as pesquisas dos alunos, mas este pode ser definido pelo professor). Dentre as obras que pesquisarem devem escolher uma e fazerem uma pesquisa sobre ela, respondendo questões como:
• Quem é o autor?
• Quando e onde foi produzida?
• Panorama histórica do local e período em que foi produzida?
• Qual ase artística e características da obra?
• Breve analise e curiosidades da obra.
3º e 4º Aula
3º Aula – Produção
Depois de todas as análises inicia-se o processo de produção. Orientar que os alunos criem uma releitura das obras que escolheram usando diferentes recursos tecnológicos. É importante que o professor acompanhe este processo de produção, para orientar e instigar as produções. Após o término destas pedir para que os alunos digitalizem, as obras que não tiverem sido feitas em computadores, e postem em suas redes sociais. E que peçam para os seus contatos que baixem e criem uma pós-produção em cima dos trabalhos deles e envie de volta o que produzirem. Os alunos devem escolher 3 trabalhos destes que tenham gostado, e levar impresso (em papel fotográfico) a obra escolhida, o seu trabalho e as três pós-produções.
4º Aula – Reflexão e exposição
Retornando para a sala de aula os alunos devem organizar o material em forma de fluxograma.
A organização facilitara para a análise das produções. A ideia aqui é que os alunos observem as possibilidades de interação e mutabilidade que as obras podem assumir, a partir das diferentes produções. Como também as características de conectividade, o quanto podem se tornar efêmeras e não lineares, pois não podemos saber o rumo que elas tomarão quando após serem postadas em meios online.
Referências:
BENJAMIN,
Walter. A
obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica.
In: LIMA, Luis Costa. Teoria da Cultura de massa. 5. Ed. São Paulo:
Paz e Terra, 2000. P 221 – 256.
DOMINGUES, Diana (org.). A
arte no século XXI: a humanização das tecnologias.
São Paulo: Fundação da UNESP, 1997.
HALL,
S. Da
diáspora: identidades e mediações culturais.
Belo Horizonte: UFMG, 2003.
__________.
A
identidade cultura na pós-modernidade. Tradução:
Tomaz Tadeu da Silva, Guaciara Lopes Louro – 11. ed., 1. reimp. -
Rio de Janeiro: DP&A, 2011.